Mercado da saúde estética segue em crescimento em meio a projeções negativas da economia

Empresas dobram faturamento durante a pandemia e expectativa é de mais investimentos e ganhos até 2022

Na contra mão das expectativas para a economia brasileira tanto neste ano, quanto para 2022, com a previsão de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,93%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, o setor de saúde estética segue aquecido e em expansão.

Abdo Salomão
Diretor Cientifico LMG

Empresários do setor continuam otimistas com essa área que teve um dos maiores crescimentos em meio à pandemia. A Laser Medical Group (LMG), é uma das empresas que ampliou os seus investimentos na saúde estética. O diretor científico da empresa, Abdo Salomão Júnior, defende que a pandemia mudou a forma de ser das pessoas, que estão mais saudáveis.

Ele ressalta que a LMG nunca investiu tanto em tecnologia como agora. “Durante o período pandêmico, nós crescemos, praticamente dobramos a empresa, tanto em número de funcionários, quanto em número de faturamento. A gente lançou vários aparelhos, nós atualizamos a plataforma Solon, que é a nossa máquina mais vendida, lançamos o primeiro campo eletromagnético feito na América, o primeiro na América Latina, e de cara vendemos mais de 120 máquinas”, destaca e adianta: “a expectativa é que é esse número se multiplique por quatro até o final do ano.”

E dentro desse crescimento do setor, também está a união de redes, como fez a Mr. Fit, pioneira em fast-food de alimentação saudável com franquias em todo o Brasil, e a Emagrecentro. As duas desenvolveram marmitas fitness para clientes da rede de emagrecimento.

Essa parceria surgiu por conta da alimentação saudável ganhar ainda mais evidência durante a pandemia, o que fez a Mr. Fit crescer acima dos 100% em 2020, inaugurando uma fábrica própria e disparando no delivery com o modelo de franquia home office, responsável por triplicar a empresa de tamanho, com a venda de marmitas ultracongeladas realizada pelo iFood.

O faturamento da rede foi de R$ 60 milhões em 2020, que hoje soma quase 500 franquias. A expectativa é faturar cerca de R$ 90 milhões até o final do ano.

Do outro lado, está a Emagrecentro com 200 unidades em operação, que pretende aumentar o faturamento das clínicas em 2021. Para o fundador da rede, Edson Ramuth, que é médico e atualmente vive nos Estados Unidos, os franqueados não são obrigados a aderir, porém esse é um projeto ganha-ganha, já que hoje em dia a praticidade é um diferencial e marmitas congeladas são práticas e somam com o resultado nos tratamentos.

Lançada há dois meses, a parceria já chega a 20% de adesão das clínicas e cada franqueado tem um congelador da Mr. Fit dentro da unidade de atendimento. Com toda a rede operando no formato, a expectativa é chegar a 60 mil refeições vendidas todo mês, o que significa um incremento de até 20% no faturamento da Mr. Fit.

Adaptação necessária


E foi justamente o que a LMG fez neste período também – não deixou de inovar. Segundo o diretor científico, Abdo Salomão Júnior, a empresa nunca investiu tanto em tecnologia como agora. Ele explica que os três primeiros meses da pandemia foram os mais críticos para a empresa. “O que a gente fez, foi uma reflexão intensa, de como chegamos até aqui. Ser uma empresa que antes era importadora e passar a ser fabricante, buscando um lugar de destaque no mercado nacional. Hoje o nosso Market Share é bem interessante, por isso que as outras empresas acabam olhando para a LMG de uma forma ou de outra. Hoje a gente tem tecnologia nacional, e  já estamos começando a exportar. Então o que fizemos nos três primeiros meses foi uma reflexão, de onde estávamos indo bem, onde poderíamos melhorar, o que a gente não fez até então que poderíamos ter feito, e o que não podemos fazer mais”, detalha.

A crise causada pela pandemia no começo, fez a empresa direcionar melhor os resultados. “E onde a gente tinha pouco resultado, a gente criou um departamento específico para atender com maestria e melhorar um segmento que a gente não tinha uma performance tão interessante”, ressalta.

E avaliando o período pós-pandemia, Abdo Salomão Júnior, explica que a empresa está tentando antecipar o mercado, de como será o perfil das pessoas. “Então existem algumas projeções, estamos imaginando alguns caminhos, estamos nos preparando pra isso. Pode haver um desaquecimento, mas não vimos isso ainda, o mercado para nós ainda está muito aquecido, tanto que a gente tem uma fila de espera de 40 a 60 dias em praticamente todas as máquinas. A gente praticamente dobrou a empresa no período pandêmico.”

Para finalizar, o direto científico da LMG, afirma que a empresa está desenvolvendo uma “supermáquina corporal”, que deve chegar no mercado até o começo de 2022. “A gente vai melhorar a nossa plataforma Solon, que é um sucesso de vendas, ela é líder de mercado desde 2016, muito grato, e a nossa principal propaganda é o seguinte, Solon, pergunta para quem tem. Com mil e tantas máquinas vendidas, praticamente não tem nenhuma máquina usada para revenda, o que mostra que ela tem sido muito útil no dia a dia das clínicas que adquiriram”, comemora ele.

Novas clínicas


Com abertura de clínicas pelo Brasil em meio à pandemia está a Vialaser, uma das maiores redes de depilação do País, que concluiu o projeto de inauguração de 21 unidades no Brasil, apenas no primeiro semestre. Os investimentos foram de R$ 21 milhões e, agora, a rede passa a ter mais de 120 clínicas no Brasil e quatro no Paraguai.

“Queremos aumentar, cada vez mais, a nossa relevância no segmento de depilação a laser. O crescimento que estamos conquistando, mesmo em meio a tempos tão difíceis, nos indica que estamos no rumo certo nas nossas escolhas de negócios”, explica Kilmer Lima, CEO e sócio-fundador da Vialaser.

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