Na era da personalização e da consciência estética, uma nova abordagem vem ganhando protagonismo entre profissionais e pacientes: a estética regenerativa. Muito além de tratar os sinais visíveis do tempo, ela propõe uma verdadeira reprogramação da pele — com foco na saúde celular, na proteção do DNA e na longevidade cutânea. Nesse cenário, poucos nomes se destacam tanto quanto o do farmacêutico esteta Dr. Bruno Caíque, referência nacional na área e criador do revolucionário Peeling 9 Ácidos.
Nesta entrevista exclusiva, Dr. Bruno compartilha os bastidores do desenvolvimento técnico e científico do Peeling 9 Ácidos, aponta as principais tendências que irão moldar o futuro da estética regenerativa — como a bioestimulação, a epigenética e os ingredientes biotecnológicos — e oferece uma visão humanizada sobre o papel do profissional esteta no acolhimento e na transformação da autoestima do paciente. Uma leitura essencial para quem busca excelência, propósito e inovação no universo da beleza regenerativa.
O Peeling 9 Ácidos se tornou um verdadeiro case de sucesso entre os profissionais. Quais foram os principais desafios técnicos e científicos enfrentados durante seu desenvolvimento e quais diferenciais ele apresenta em comparação aos peelings convencionais?
O Peeling 9 Ácidos se tornou um verdadeiro case de sucesso entre os profissionais devido à versatilidade, ao dinamismo e à rentabilidade na aplicação desta sinergia de substâncias que vão atuar em todas as condições de pele e queixas dos pacientes que nos buscam, como melasma, cicatrizes de acne, rejuvenescimento da face, pescoço, colo, manchas nas mãos, linhas finas ao redor dos olhos, dos lábios, flacidez tissular (aquele craqueladinho no interno de braço, de coxas), para rejuvenescimento íntimo no tratamento de foliculite. Ele é um peeling excelente e que atende à grande demanda dos procedimentos que realizamos na clínica. Ele pode ser associado à toxina botulínica, preenchedor, fios lisos, os bioestimuladores de colágeno, afinamento do extrato córneo, do couro cabeludo, para pacientes que apresentam seborreia, queda de cabelo… Ele é excelente para afinamento dos pés. Então, o Peerling Nove Ácidos é um ‘coringa’ extremamente dinâmico, versátil e que vai potencializar os resultados, porém, pode ser utilizado isoladamente ou com o seu novo catalisador injetado.
Na sua visão, quais são as grandes tendências emergentes dentro da estética regenerativa nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à personalização e à bioestimulação da pele?
A tendência para os próximos anos é o uso de substâncias que vão orquestrar a expressão dos nossos genes. O olhar para a nossa genética, para a harmonização genômica, está cada vez mais intenso, porque hoje o consumidor está mais crítico, está mais consciente e não está mais se sacrificando no altar de uma moda que deforma, que causa disforia, que causa deformidades, que causa alterações na função do nosso rosto, da nossa pele… Que compromete a nossa fala, a nossa mímica, que desconfigura e que traz impactos psicológicos também. Então, hoje o consumidor busca substâncias que vão fazer uma ativação saudável, dinâmica, na nossa pele, sem precisar se abster tanto do seu cotidiano, da sua rotina e que traga o viço, o frescor, a textura, o refinamento, o glow das redes sociais, os filtros do Instagram para a vida real. Então, a busca pelo Peeling 9 Ácidos está extremamente crescente, associado à sua alquimia injetável, para trazer essa renovação em nível de DNA, para trazer o refinamento, o glow, a textura mais brilhante, mais polida. As pessoas buscam hoje pele e sensorial.
Quais nichos dentro da estética regenerativa você acredita estarem em plena ascensão e que ainda são pouco explorados pelos profissionais da área?
Alguns nichos dentro da estética estão em plena ascensão, como por exemplo a utilização de biorregeneradores, que são substâncias injetáveis e que fazem o papel de ‘faxineiros’ do nosso DNA. É algo que ainda está sendo explorado, esse uso dos exossomas de PDRN para fins regenerativos, e também a utilização dos mesmos como agentes que vão blindar a oxidação do nosso DNA ao longo da vida. Então, a estética regenerativa é profilática e preventiva, porque ela protege e repara nosso DNA. Ela pode ser utilizada associada a bioestimuladores como hidróxiapatita de cálcio, ácido polielilático e outras substâncias que são inflamatórias. Mas ela também pode ser utilizada para aumentar a imunidade da nossa pele.Uma pele com psoriase, uma pele extremamente descamativa devido ao ressecamento, a xerodermia, uma pele que possui sensibilidade, tratamento de rosácea, de melasma, estão sendo vistos agora nos bastidores. Uma mancha não é só uma mancha, uma ruga não é só uma ruga, né? Uma pele grossa não engrossa sem um motivo real, né? Agora olha-se mais para a regeneração do sistema que coordena nossa pele, que é o DNA.
Existe uma crescente valorização de ativos multifuncionais e tecnologias híbridas em protocolos de pele. Como você enxerga a sinergia entre ingredientes biotecnológicos e a estética regenerativa?
Os ingredientes biotecnológicos agem em sinergia com a estética regenerativa porque ela, como o próprio nome diz, busca refazer, reprogramar, restaurar, induzir novamente, produzir mais substâncias como o colágeno. Então, os ingredientes biotecnológicos, uma vez acoplados ao DNA daquele tecido-alvo, levarão à regeneração. Então, essa sinergia acontece quando aplicamos substâncias em tecidos-alvos, né? Então, cicatrizes, crescimento capilar, couro cabeludo que não produz tanto cabelo…então, aplico substâncias ali que vão ativar os genes para a produção.
Na prática clínica, quais critérios o profissional deve considerar ao introduzir protocolos regenerativos em seu portfólio de atendimentos? Há algum perfil de cliente ideal ou contraindicações importantes?
Todos os clientes são ideais para estética regenerativa, desde um adolescente que teve um emagrecimento abrupto, uma flacidez e surgimento de estrias, até uma mulher mais madura de 70, 80 anos, que busca tratar o envelhecimento da face adquirido ao longo dos anos pela exposição solar e ao não cuidado, né? Então, a beleza regenerativa, a estética regenerativa vem como a democratização da beleza, porque ela restaura a própria pele do paciente, independente da cor, da etnia, da idade. A estética regenerativa vem para reprogramar. Então, não há um nicho específico: a estética regenerativa é para todos… Todos os clientes são ideais porque todos vão apresentar uma queixa e não há contraindicações importantes. A estética regenerativa veio para ser mais biocompatível, mais segura, né? Claro que há pacientes que possuem muita alergia, contraindicações médicas, aí não é possível realizar. Porém, não há contraindicações absolutas para o uso das substâncias regenerativas.
Além dos resultados visíveis, a estética regenerativa promete benefícios a longo prazo. Como você orienta os profissionais a comunicarem esses ganhos de forma ética e eficaz aos seus pacientes?
A estética regenerativa tem uma abordagem a longo prazo porque ela protege o DNA das agressões externas, do estilo de vida do paciente, tabagismo, noite sem dormir, desnutrição, exposição solar, estresse… Então, a longo prazo, um DNA protegido, uma pele protegida apresenta-se mais longeva: a jovialidade, a hidratação, a coesão entre as células, a homogeneidade do tom (porque a pigmentação é uma reação ao estresse; uma pele oxidada, pele de fumante, de quem toma sol, é mais manchada). A pele de um paciente que apresenta diabetes é uma pele glicada, porque o açúcar, calor e proteína, que é o colágeno, criam essa glicação, esse fenômeno de amarelamento da pele. Então, a longo prazo, como comunicar isso? Olha, você não faz exercício físico, você não se alimenta bem para conseguir atingir a idade mais madura e estar com integridade muscular, com a sua espinha dorsal ereta, com a sua musculatura firme, hidratada. Então, a estética regenerativa vem para proteger e impedir uma abordagem inflamatória no futuro. A estética regenerativa, é vendida no longo prazo como profilática, como um exercício físico em que os músculos vão proteger a saúde dos ossos, por exemplo, quando a gente vende uma alimentação saudável para que o paciente atinja cronologicamente uma idade mais madura com saúde. Então é prevenir efeitos deletérios, inflamação a longo prazo, né?
Para quem deseja se destacar nesse segmento, quais competências técnicas e comportamentais você considera indispensáveis para atuar com excelência em beleza regenerativa?
Competências técnicas é fazer o manejo dos produtos e saber combiná-los de forma a respeitar o pH, sinergia dos ativos, fazer aplicação com cânula, fazer o descolamento correto do tecido para que esse ‘fermento do bolo’, que são os bioestimuladores regenerativos, seja aplicado de forma homogênea. E o uso do Peeling 9 Ácidos é imprescindível para fazer o polimento da pele, para ‘revelar’, como se fosse uma substância que vai revelar um filme fotográfico. A gente faz a ‘foto’ com os regeneradores e o Peeling vem para revelar essa jovialidade. Então, dominar as técnicas significa saber utilizar muito bem uma cânula, fazer a soltura do tecido, ter paciência para fazer uma análise individualizada das simetrias da face, da cefalometria, das medidas, da abordagem onde tem menos e mais volume, trabalhar luz e sombra, como se fosse uma maquiagem, entender as necessidades dos pacientes… Fazer uma abordagem mais oblíqua, ascendente para reposicionamento do tecido, não fazer tanto uma abordagem anterior para não volumizar tanto anteriormente como antigamente era feito, né? E comportamental, eu diria um profissional humanizado, integrativo, que combine técnicas, que prescreva bons nutracêuticos, que entenda o estilo de vida do paciente, que entenda quem é aquele ser humano que está ali buscando uma queixa. Não é uma ruga na glabela, é uma história de sofrimento, de um trabalho árduo, é um paciente que tem linhas de acordeon, que sorriu muito ou porque teve uma perda abrupta de peso pós quadro de depressão, não é? Então, o profissional de estética hoje, integrativo, humanizado, ele estuda muito saúde mental. Ele tem paciência, possui uma acurácia auditiva muito boa. Ele é um profissional que prescreve livros, que prescreve viagens, que indica outros profissionais fazendo uma rede multidisciplinar. No comportamental, age com elegância, com respeito àquela etnia, com respeito àquelas características individuais que trazem uma beleza ímpar; um profissional que protege o paciente dos padrões estabelecidos pela mídia, que faz uma educação cosmetológica, prescrevendo bons produtos saudáveis, que incentiva, que é um entusiasta da boa alimentação, dos bons hábitos de vida.