Reconhecimento internacional, inovação e compromisso com a segurança dos pacientes marcam a trajetória da médica dermatologista Dra. Bruna Bravo (CRM: 732745-RJ). Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e graduada pela UNIRIO e pela renomada Harvard Medical School (HMS), em Boston, a especialista acaba de ter seu mais recente estudo publicado em uma das principais revistas científicas do mundo na área: o Journal of Cosmetic Dermatology (JDC). A pesquisa, que acompanhou pacientes por 150 dias, investigou o impacto do bioestimulador de colágeno Rennova Elleva, à base de ácido poli-l-láctico (PLLA), como uma alternativa segura e eficaz aos procedimentos cirúrgicos. Nesta entrevista, Dra. Bruna compartilha os bastidores da pesquisa, fala sobre a importância do bioestimulador para o rejuvenescimento natural da pele e comenta a relevância desse reconhecimento para a medicina estética no Brasil.
Você já vinha de uma trajetória científica sólida. O que te motivou, especificamente, a conduzir esse estudo com a Rennova?
Desde a minha formação, sempre estive envolvida com a área científica. Ao ingressar na dermatologia, atuei intensamente no ensino médico, treinando médicos injetores e trabalhando em laboratórios de educação médica. Fui chefe da Cosmiatria da Santa Casa, Instituto (de Dermatologia Prof. Rubem Dario) Azulay, no Rio de Janeiro, e também chefe de residência do Hospital da Lagoa. Sempre estive muito ligada à pesquisa, ao ambiente hospitalar e à produção científica. Além disso, fiz pós-graduação em pesquisa científica na Harvard Medical School, e recentemente concluí meu mestrado. Minha rotina inclui não apenas o atendimento a pacientes, mas também o ensino e a pesquisa científica, que são paixões pessoais.
Quando a Renova me convidou para o desenvolvimento científico de seus produtos, uma das condições que estabeleci com o CEO Leonardo Rezende, foi que o estudo fosse conduzido de forma clara, transparente e rigorosa. O objetivo era responder questões fundamentais: qual a segurança do Rennova Elleva, um bioestimulador mais recente no mercado brasileiro, e qual o grau de satisfação dos pacientes.
Embora o ácido poli-L-láctico (PLLA) seja utilizado há mais de 20 anos, o produto da Rennova é novo no Brasil. Por isso, desenvolvemos um estudo controlado, sério e científico, que pudesse ser publicado internacionalmente. Após 150 dias de acompanhamento, conseguimos comprovar a segurança e a eficácia do produto, o que resultou na publicação no Journal of Cosmetic Dermatology. E vem muito mais por aí, pois temos novos estudos em andamento.
Em comparação a outros bioestimuladores de colágeno disponíveis no mercado, qual foi o principal diferencial que você identificou no Rennova Elleva?
Observamos uma resposta rápida ao tratamento: já 30 dias após a aplicação, os pacientes apresentaram uma melhora significativa, algo que normalmente levaria mais tempo. Além disso, a satisfação se manteve elevada mesmo após 5 meses. A segurança do produto também foi confirmada ao longo do estudo, o que é um grande diferencial.
De que forma o acompanhamento de 150 dias pode auxiliar os profissionais na orientação dos pacientes sobre os resultados com bioestimuladores?
O acompanhamento mostrou que os resultados começam a surgir antes do esperado. Em vez de 90 dias, como era comum, já com 30 dias o paciente apresenta sinais de melhora. Além disso, o efeito do produto se mantém além dos 3 meses tradicionais, chegando a até 150 dias. Isso permite que o médico oriente melhor o paciente, evitando excessos e a necessidade de reaplicações precipitadas — algo que no passado gerou distorções faciais por excesso de produto.
A concentração de 15 miligramas utilizada na aplicação teve impacto no planejamento clínico e no acompanhamento a longo prazo?
Sim, e esse é um ponto muito técnico e importante. Trabalhar com uma concentração adequada garante segurança e eficácia. Assim como com qualquer medicamento, é fundamental seguir uma dosagem correta para evitar complicações. O estudo mostrou que, com 15 miligramas, conseguimos resultados excelentes e seguros, oferecendo ao médico um protocolo confiável para seguir.
Quais protocolos foram adotados para garantir a segurança durante e após a aplicação, e como eles podem ser implementados em clínicas?
Os protocolos definidos no estudo se tornam um verdadeiro guia de boas práticas. Eles envolvem reconstituição adequada, volume correto e intervalo apropriado de aplicação. Seguir essas orientações permite que qualquer profissional habilitado use o produto com segurança e obtenha resultados consistentes, reduzindo riscos de complicações.
A pesquisa também indicou que a satisfação dos pacientes está ligada à naturalidade dos resultados. Como isso influencia na escolha entre bioestimuladores e preenchedores?
Cada produto tem seu papel. Os preenchedores, como o ácido hialurônico, são essenciais para reestruturações ósseas e projeções, como no caso do queixo e nariz. Já o bioestimulador firma a pele e trata a flacidez. O problema ocorre quando se usa ácido hialurônico em excesso para tentar corrigir a flacidez, resultando em rostos desproporcionais. Hoje, com o medo do excesso, muitos pacientes buscam alternativas mais naturais como o bioestimulador. O importante é avaliar cada caso de forma individualizada.
Qual o papel da higienização com clorexidina 2% e da massagem pós-injeção na segurança e eficácia do procedimento?
A assepsia é fundamental para evitar infecções graves. A higienização adequada da pele com clorexidina reduz o risco de contaminação. Já a massagem pós-aplicação garante a distribuição uniforme do produto, prevenindo a formação de nódulos e acúmulos indesejados. Ambos os cuidados impactam diretamente na segurança e no sucesso do procedimento.
Como a senhora se sentiu com os resultados deste estudo e o que projeta para o futuro da sua carreira?
Fiquei muito feliz, claro! Apesar de já trabalhar com publicação científica há 20 anos e ter mais de 40 artigos e capítulos de livros publicados, este estudo foi especialmente gratificante. Ele demandou cinco meses de acompanhamento clínico rigoroso e trouxe resultados muito positivos.
Mas a pesquisa científica é um trabalho contínuo. Já temos mais cinco estudos em andamento, alguns já submetidos para publicação. Cada novo estudo traz aprendizado e desafios — nem todos têm resultados tão favoráveis, mas faz parte do processo científico. O importante é continuar avançando.
Pode nos dar um spoiler dos próximos projetos?
Claro! Nosso próximo estudo é sobre a hidroxiapatita de cálcio da Rennova, o Diamond. Ele já foi submetido para publicação e deve ser divulgado ainda este ano em uma revista internacional. Além disso, este ano já publiquei trabalhos sobre técnicas de preenchimento de lábios e de têmporas, além do consenso latino-americano para avaliação da têmpora. Muitas novidades estão a caminho!