Taping: bandagens usadas por atletas é tendência em estética

Com resultados aparentes na primeira semana, a técnica conhecida como taping vem ganhando espaço no pós-operatório de cirurgias plásticas. As fitas que atuam sem o uso de medicamentos aceleram a recuperação do organismo, amenizando até o aparecimento de hematomas.

O Brasil realiza um milhão de cirurgias plásticas por ano, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), ultrapassando até os EUA. A educadora física e personal trainer Erika Garcia, faz parte desses números.

Há sete anos, ela realizou uma lipoaspiração sem a técnica e, recentemente, colocou próteses de silicone e fez uma lipoescultura com uso do taping no pós-cirúrgico. “Os resultados são visíveis na primeira semana. Quem já passou por outros procedimentos percebe uma diferença muito grande quando se compara”, conta a personal.

A técnica, que existe desde os anos 70, foi desenvolvida pelo japonês Kenzo Kase e já é bem conhecida entre os fisioterapeutas e médicos. É utilizada para o tratamento de lesões e age na recuperação dos procedimentos estéticos.

Faixas de taping possuem densidade similar à da pele, explica a fisioterapeuta Lorena Tavares.

Segundo a fisioterapeuta Lorena Tavares, as fitas aceleram o processo de recuperação do tecido, amenizando as manchas roxas, chamadas de equimose. Também diminuem a dor. “O taping age ainda prevenindo e tratando fibroses e seromas, facilitando uma recuperação mais saudável desse tecido” explica a especialista.

Para Erika Garcia, o que mais a agradou no taping foi a pouca quantidade de hematomas depois dos procedimentos. Na outra cirurgia, as equimoses demoraram quase um mês para desaparecerem. Com as bandagens, ela não teve esse problema. “O resultado surpreendeu-me mais do que eu esperava”, comemora a educadora física.

 Aumento da procura

Erika Garcia usou as bandagens após intervenções estéticas e aprovou resultados com menos hematomas

De acordo com a fisioterapeuta Lorena Tavares, o aumento da procura por tratamentos com as bandagens ganhou popularidade após os atletas esportivos começarem a fazer o uso das faixas.

“Os atletas usam muito para ajudar na recuperação de lesões e de suporte para movimentos. Isso despertou o interesse para pesquisas científicas, principalmente [relativas ao] linfotaping”, explica.

A técnica

As fitas possuem uma densidade que se assemelha a pele, o que facilita os movimentos para quem acabou de realizar uma cirurgia plástica, por exemplo. Outro diferencial é que as bandagens não possuem nenhum medicamento em sua composição, por meio do corte e extensão elas atuam no sistema linfático.

Existem dois modos de colocação do taping, o linfático e o compressivo. Taping linfático, de acordo com a fisioterapeuta, aumenta a movimentação do líquido produzido pelo sistema linfático, responsável pelo inchaço, conhecido como linfa. Ele faz uma elevação da pele, criando uma área com menor pressão, movendo os líquidos de uma região com maior tensão para uma com menor.  

Já o taping compressivo favorece a aproximação da pele sobre os músculos, diminuindo o espaço morto, o que ameniza a área de lesão e diminui o processo de resposta inflamatória. Segundo Lorena Tavares, além do pós-operatório nas cirurgias plásticas, a técnica também pode ser usada em fisioterapia oncológica, pós-cesárea, pós de cirurgias vasculares e ortopedia.

Aplica-se ainda a tratamentos estéticos (para celulite e linfedema, por exemplo), tratamentos de fonoaudiologia, tratamentos veterinários e tratamentos médicos. No geral, o uso das fitas vai de três a sete dias, mas esse período pode variar para mais de acordo com o que está sendo tratado.

 

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