Estética íntima devolve autoestima às mulheres

O assunto ainda é um tabu entre elas, mas na busca pelo empoderamento feminino os tratamentos de estética íntima ganham cada vez mais adeptas

Ainda é um tabu, mas dos tratamentos estéticos que vêm ganhando atenção, especialmente entre as mulheres, o de estética íntima é um destaque. Especialistas afirmam que as intervenções contribuem para o bem-estar e autoconfiança das pacientes.

O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas e procedimentos estéticos em todo o mundo. De acordo com dados da pesquisa divulgada em 2019 pela ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), em 2018 foram feitas mais de 1 milhão de cirurgias plásticas, além de quase 800 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos, no país.

 

Fatores que contribuem na procura

Profa. Ynaiã Piedade

Segundo Ynaiã Piedade, fisioterapeuta e professora do curso de estética íntima da Beauty Connect, existem alguns fatores que contribuem na busca da mulher por esse tipo de tratamento. “Quando ela tem relações no escuro, quando se sente mal ou acha que o corpo poderia ser mudado de alguma maneira”, exemplifica ela.

A questão da regionalidade é outro fator que faz com que as mulheres também busquem tratamentos de estética íntima. Quem explica é a esteticista Edianne Rocha. “Eu sou do nordeste, vivo em Fortaleza, a capital do sol, então ir à praia é uma rotina para as mulheres daqui. Expor uma região como virilhas sempre soava como vergonha do escurecimento e flacidez dessa parte do corpo. Outro ponto era o machismo, muitas pacientes perguntavam: ‘o que vão pensar de mim?’. Mas a gente explica que esses tabus precisam ser quebrados porque tudo faz parte da saúde da mulher e do autoconhecimento.”

A professora Ynaiã trabalha no segmento desde 2015 e acredita que a maior procura se deu 2018 pra cá. “Na época não haviam produtos específicos e hoje tem um crescimento de profissionais buscando se especializar no mercado. A indústria também olhou para o setor, e a procura das próprias clientes só vem aumentando. No ano passado tivemos uma busca muito grande, até mesmo por conta da pandemia, que fez com que as pessoas se olhassem mais em busca de cuidados”, afirma a fisioterapeuta.

Edianne também reforça a informação de que o mercado está mais atento ao setor. “Hoje ele está mais aberto para o assunto e menos preconceituoso. A indústria está vendo o momento como algo que veio para ficar e nós estamos ganhando com isso, pois estamos tendo contato com muitos lançamentos para essa área. Seja na parte da cosmética como na criação de maquinários e equipamentos para contornar os efeitos do tempo, alimentação, entre outros. O mercado está de olho nesse segmento”, explica Edianne.

 

Preço médio por tratamento

O custo médio de um atendimento para o paciente é de R$ 250 a R$ 800 reais a sessão, o que pode variar também de acordo com a região do país e depende também da área que a pessoa vai tratar. Edianne explica que, no início, pensou que teria apenas pacientes mais velhas, senhoras casadas, no entanto, “muitas meninas na flor da idade já buscam esse tipo de tratamento, e eu vibro com isso. É importante e necessário oferecer alternativas para algo que incomoda muitas mulheres, independente de idade e de escolhas sexuais”, avalia.

De acordo com Ynaiã, são três os carros chefes no tratamento da estética íntima: radiofrequência, que trabalha a flacidez dos grandes lábios; microagulhamento com agulha elétrica, usado para flacidez, clareamento e aumento da hidratação tecidual; além da técnica de intradermoterapia pressurizada, que serve para casos de gordura localizada.

“São situações que as mulheres não expõem nem mesmo para o parceiro por causa de vergonha e isso faz com que elas tenham relações no escuro entre outros hábitos. É preciso tratar o assunto com delicadeza, mostrar que não existe órgão genital perfeito, mas com o tratamento podemos devolver a autoestima e o empoderamento feminino que elas tanto necessitam”, enfatiza Ynaiã.

 

Sobre a Estética Íntima

É a área que tem como objetivo melhorar a aparência da região tratada com técnicas de clareamento, tratamento para flacidez e até mesmo gordura localizada. Apesar de ainda ser cercada de preconceitos, essa é a uma área que ganha cada vez mais adeptos.

São diversos os fatores que contribuem para a modificação da região íntima, entre os principais motivos estão: ganho de peso, idade, gravidez, alterações hormonais e até mesmo a predisposição genética.

“Qualquer profissional da saúde, beleza e bem-estar pode trabalhar com a estética íntima, que não trata nada patológico e sim as disfunções estéticas da região íntima da mulher e até mesmo do homem”, reforça Ynaiã. A pessoa que pretende trabalhar na área precisa fazer um curso específico de duração que varia de 9 a 18 horas, dependendo da formulação do curso. “É importante também que o profissional entenda que um tratamento bem feito vai devolver à pessoa uma melhor qualidade de vida”, finaliza.

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