Com mercado promissor, cresce demanda por graduação em estética

Em todo o Brasil, são oferecidos mais de 200 cursos tecnológicos e bacharelados na área

Nos últimos anos, o mercado de estética segue aquecido e em pleno vapor. Realidade justificada pelo próprio comportamento do consumidor brasileiro.

Além da vaidade, as pessoas têm prezado por cuidados pessoais com foco em bem-estar e autoestima. O reflexo direito disto? Aumento na demanda por profissionais qualificados e, consequentemente, por cursos de graduação na área.

Cristina Duarte Lépore

No Brasil, são mais de 200 instituições que oferecem cursos tecnológicos e bacharelados em estética. “Temos um mercado promissor em desenvolvimento e com isso, cresce a necessidade de uma formação científica na área de estética”, afirma a coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Anhembi Morumbi, Cristina Duarte Lépore, que acrescenta:

“Desta forma, os profissionais são especializados para que atuem não apenas com a finalidade de promover o embelezamento, mas também em auxiliar na área de saúde no desenvolvimento de técnicas voltadas ao reestabelecimento estético”.

Ainda segundo Cristina, o profissional deve ser capaz de compreender cientificamente os processos biológicos, metabólicos e até mesmo os psicológicos para integrar-se interdisciplinarmente à equipe de tratamento.

“A busca por produtos e serviços de beleza estão mais intensa e o consumidor, mais exigente, busca por profissionais capacitados. Além disso, alguns fatores como a inserção da mulher no mercado de trabalho, a elevação da renda da população feminina, o medo do envelhecimento e a constante busca pelo bem-estar e pela beleza, estimulam a vaidade e a preocupação com a aparência. Situação que favorece o aumento do consumo de produtos e a busca por serviços de qualidade”, revela.

Perfil

Tanto na Universidade Anhembi Morumbi quanto na Faculdade de Americana (FAM), o curso bacharelado em Estética e de Tecnologia em Estética, têm o perfil dos alunos predominantemente do sexo feminino, sendo 99% mulheres e 1% homem. Prevalência de idade abaixo de 30 anos, mas os cursos variam com alunos de 18 a 60 anos.

A grande maioria dos alunos são oriundos do ensino médio e buscam a carreira de Estética como primeira opção, além de destacarem o desejo de serem empreendedores do seu próprio negócio.

Área de atuação

Em suma, a área de cosmetologia é a escolhida pela maior parte dos graduados. Isto é o que aponta uma pesquisa de conclusão de curso realizada em 2018 por acadêmicos de Estética da Universidade Anhembi Morumbi sobre “Demanda de Alunos de Estética na Busca por Pós-Graduação”.

Segundo o estudo, que entrevistou 411 alunos: 20,1% dos estudantes procuraram especialização na área de cosmetologia, seguido da área de pré e pós-operatório (11,8%), terapias alternativas aplicadas a estética (11,5%), docência universitária (9,79%) e estética avançada (9,54%).

“Estes dados corroboram com os dados encontrados no mercado de inserção deste profissional, sendo a área mais frequente a estética clínica (atendimentos estéticos englobando cosmetologia, eletroterapia, técnicas manuais e pós-operatório), seguida da docência (área que cresce muito também na atuação do esteticista)”, explica Cristina.

“Dados de mercado demonstram aumento na inserção de profissionais em clínicas multiprofissionais e na área de treinamento (inserção nas empresas do segmento) e docência”, complementa.

Anhembi Morumbi

Em 1994, a coordenação do curso de Farmácia, com ênfase em Cosmetologia, da Universidade Anhembi Morumbi, realizava cursos de extensão, bem como palestras e seminários com foco na área de estética.

Em 2001, o curso superior de Estética e Cosmetologia foi autorizado para funcionamento. A princípio, a primeira turma contava com oito alunos. A oficialização do reconhecimento pelo Ministério da Educação ocorreu em 2003.

Consequentemente, cinco anos depois, o curso se ampliou e apresentou uma proposta pioneira de graduação em Estética, o primeiro bacharelado na área. “A iniciativa proporcionou aquisição de novas competências e habilidades, incluindo a pesquisa no segmento”, explica Cristina.

As primeiras turmas eram formadas quase que exclusivamente por profissionais da área (esteticistas de cursos livres ou técnicos), que buscavam sua qualificação em nível superior.

“A partir de 2008, com a mudança de modalidade do curso para bacharelado, os alunos mais confiantes por sentirem que o bacharelado fortalece sua atuação no mercado frente as demais profissões da área de estética, cresceu o público recém-formado do ensino médio na procura pela graduação”.

FAM

O curso de Tecnologia em Estética e Cosmética é novo na grade curricular da Faculdade de Americana (FAM) – está no segundo semestre – e disponibiliza 200 vagas anuais.

De acordo com a docente e membro da Comissão Permanente de Avaliação da FAM, Patricia Ucelli Simioni, o mercado está em franco crescimento na região. “Com a melhora na condição financeira da população com a retomada da economia, nossas expectativas são de um crescimento na busca por profissionais da área qualificados”, afirma.

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