O Conselho Federal de Odontologia (CFO) está prestes a aprovar uma nova resolução que autoriza dentistas a realizarem cirurgias estéticas faciais. A medida, ainda em fase de finalização, tem gerado intensos debates entre profissionais da saúde, especialmente entre cirurgiões-dentistas e médicos.
O que Muda com a Nova Resolução do CFO?
Desde 2019, os dentistas brasileiros já podem realizar procedimentos de harmonização orofacial em consultório. No entanto, a nova regulamentação propõe uma ampliação dessa atuação, permitindo que cirurgiões-dentistas realizem cirurgias estéticas na face. Os detalhes específicos sobre os procedimentos autorizados ainda não foram divulgados, mas a iniciativa já divide opiniões no setor.
Críticas e Preocupações do Conselho Federal de Medicina
O Conselho Federal de Medicina (CFM) expressou preocupação com a decisão, alertando para os riscos à segurança dos pacientes. Segundo o CFM, a possibilidade de banalização de cirurgias invasivas pode levar a complicações graves e danos irreversíveis. A entidade defende que procedimentos cirúrgicos faciais exigem treinamento especializado e devem ser realizados por profissionais altamente qualificados.
Posicionamento do CFO
Em resposta às críticas, o CFO divulgou uma nota oficial esclarecendo que a resolução ainda está em fase de estudo e que a expressão “cirurgia plástica facial” é inadequada para descrever os procedimentos que serão regulamentados. A entidade destacou que a medida representa um avanço significativo para a odontologia, garantindo que os procedimentos sejam realizados com segurança e dentro das competências legais e científicas dos cirurgiões-dentistas.
Impacto da Regulamentação e Expectativas para o Setor
A nova resolução tem potencial para transformar a área da odontologia estética, aumentando o acesso da população a esses procedimentos. No entanto, até que a regulamentação seja oficialmente publicada, o debate entre as entidades de classe continua. A discussão reforça a necessidade de um diálogo mais amplo sobre os limites de atuação dos profissionais da saúde e a segurança dos pacientes.
Conclusão
Com a regulamentação em fase final, o impasse entre dentistas e médicos deve se intensificar. A definição clara das responsabilidades e competências profissionais será essencial para garantir a segurança e a qualidade dos procedimentos. Fique atento para atualizações sobre essa regulamentação e seu impacto na saúde e na odontologia.